Ministro da Saúde é um ‘desastre’, afirma Maia
Presidente da Câmara diz que Eduardo Pazuello gera desgaste para sociedade e governo
BRASÍLIA — O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello , é um “desastre” para o país e para o próprio governo. O deputado também disse que a logística do Exército, com a qual general Pazuello é acostumado, é diferente da necessária para a Saúde. Maia ainda criticou declaração do ministro que, nesta quarta-feira, contestou a “ansiedade” da população para que a vacinação contra a Covid-19 tenha início.
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— O ministro da Saúde é um desastre. Primeiro para o país e, também, para o governo. A sociedade e área médica começaram a entender. No meio da pandemia, com o Ministério da Saúde do jeito que está, quem paga a conta primeiro é a sociedade — afirmou o presidente da Câmara em um café com jornalistas.
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Maia disse ainda que a atuação de Pazuello será negativa também para a imagem dos militares.
— Com o desastre que é o ministro da Saúde, os militares vão perder o que ganharam de imagem nos últimos anos após a redemocratização. Pazuello certamente é um ótimo general para fazer a logística do Exército, mas, para fazer a logística da Saúde, é um desastre.
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Ele criticou também a declaração do ministro, nesta quarta-feira, de que há “ansiedade” e “angústia” da população para que a vacinação contra a Covid-19 tenha início.
— Pazuello, quando teve Covid, foi internado no melhor hospital de Brasília e depois ficou um dia sob supervisão no hospital militar. O presidente (Jair Bolsonaro), quanto teve, ficou todo dia nos hospitais sendo monitorado. Eu, quando tive, recebi um atendimento particular ótimo. Talvez por isso ele (Pazuello) ache que nós, brasileiros, estamos “ansiosos” demais. Mas milhões de brasileiros não têm as condições que nós tivemos. Os hospitais privados estão lotados, e os públicos carecem da estrutura necessária.
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Maia também disse que a formação dos militares dificulta a atuação política porque eles são treinados para “comandar” e não para “liderar”, e que isso gera desorganização no Planalto, pois falta “experiência para saber lidar com o Parlamento”. Apesar da crítica, Maia afirmou que admira os generais Luiz Eduardo Ramos (ministro da Secretaria de Governo) e Braga Netto (ministro da Casa Civil).
— Acho que estão ali tentando fazer o melhor deles, com toda a dificuldade que é estar em torno do presidente.
Eduardo Bresciani e Paulo Cappelli