LEVANTAMENTO DA CNM
Prejuízos no RS sobem para R$ 10,4 bi; no agro, perdas somam R$ 2,95 bi
Confederação Nacional dos Municípios estima que 3,6 milhões de pessoas tenham sido afetadas, sendo que 445 seguem desaparecidas e foram reportadas 163 mortes
Levantamento parcial da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revela que as tempestades registradas desde 29 de abril no Rio Grande do Sul provocaram pelo menos R$ 10,4 bilhões em prejuízos financeiros, R$ 800 milhões a mais ante o reportado há uma semana. Os números contabilizam perdas de municípios que enviaram os dados à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.
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A confederação esclarece que os impactos são informados pelos próprios municípios. São dados parciais, relatados à medida que os danos são contabilizados.
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A CNM estima que 3,6 milhões de pessoas tenham sido afetadas, sendo que 445 seguem desaparecidas e foram reportadas 163 mortes, de acordo com dados da Defesa Civil e extraídos do sistema do Ministério de Desenvolvimento.
A confederação calcula que 469 municípios foram afetados, sendo 340 com reconhecimento estadual e federal de situação de emergência e 78 em estado de calamidade pública. Destes, apenas 94 municípios informaram os valores de danos e prejuízos públicos e privados, o equivalente aos R$ 10,4 bilhões. No relatório, a CNM lembra que as chuvas no Estado iniciaram há um mês, em 24 de abril.
Segundo a CNM, dos prejuízos financeiros relatados, R$ 4,6 bilhões referem-se ao setor habitacional, com 108,6 mil casas danificadas ou destruídas, R$ 3,4 bilhões foram relatados no setor privado e R$ 2,4 bilhões no setor público.
A agropecuária é o setor econômico privado com mais perdas financeiras levantadas, somando R$ 2,945 bilhões. Dos municípios que auferiram os prejuízos, R$ 2,7 bilhões estão relacionados à agricultura e R$ 245,4 milhões à pecuária. A indústria reportou R$ 267 milhões em prejuízos. Outros R$ 130,2 milhões foram relatados por comércios locais.
No setor público, o levantamento contabilizou prejuízos de R$ 1,7 bilhão em obras de infraestrutura (pontes, estradas, drenagem urbana) e R$ 428,6 milhões em instalações públicas, como escolas, hospitais e prefeituras.