Anvisa divulga dados sobre processamento celular

Relatório traz panorama sobre Centros de Processamento Celular (CPCs) instalados no país, bem como seus respectivos Centros de Transplantes.

A Anvisa publicou, nesta segunda-feira (14/12), um relatório com os dados de produção dos Centros de Processamento de Células Progenitoras Hematopoéticas de Medula Óssea (CPH-MO) e de Sangue Periférico (CPH-SP) para transplante convencional, referentes ao primeiro semestre de 2020. Disponíveis em uma plataforma de Business Intelligence (BI), as informações trazem um panorama da distribuição dos Centros de Processamento Celular (CPCs) instalados no país, bem como seus respectivos Centros de Transplantes.   

Na plataforma, é possível consultar informações sobre a produção desses CPCs, tais como o quantitativo de unidades de células progenitoras hematopoéticas (CPHs), também conhecidas como células-tronco hematopoéticas, utilizadas no tratamento de diversas doenças do sangue.   

O relatório contém inclusive dados agrupados por finalidade de uso: autólogo (quando as células transplantadas são do próprio paciente); alogênico aparentado (células doadas por um parente); ou alogênico não aparentado (células doadas por pessoa não relacionada ao paciente transplantado).   

Os dados incluem, ainda, a origem das células, com informações sobre a obtenção por punção medular – células retiradas do osso ilíaco do doador – ou por procedimento de aférese – separação e remoção de componente sanguíneo com o uso de equipamento automatizado.   

Além disso, há informações sobre as quantidades de bolsas de células armazenadas e para onde foram destinadas, além de dados sobre unidades desqualificadas para uso terapêutico, bem como os motivos que levaram à desqualificação do material.   

De acordo com a Agência, os CPCs são estabelecimentos de saúde com competência para exercer atividades de seleção de doadores, coleta, transporte, avaliação, processamento, acondicionamento, armazenamento e disponibilização de células de origem humana para uso terapêutico, entre outras atividades.    

É importante ressaltar que o relatório considerou apenas os dados de produção enviados pelos CPCs por meio da ferramenta disponibilizada pela Agência e que a veracidade das informações é de responsabilidade das instituições informantes.   

Ainda segundo a Anvisa, os dados disponíveis na plataforma de BI são destinados especialmente aos órgãos que integram o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), Ministério da Saúde, setor regulado e instituições de pesquisa, entre outros públicos.   

Números   

As informações que compõem o relatório foram enviadas por um total de 53 centros de processamento de CPH-MO e de CPH-SP. Destes, 22 (41,55) estão localizados no estado de São Paulo. Os demais centros estão no Paraná (6), Minas Gerais (5), Rio de Janeiro (5), Rio Grande do Sul (5), Distrito Federal (3), Pernambuco (2), Bahia (1), Ceará (1), Espírito Santo (1), Goiás (1) e Santa Catarina (1).   

A distribuição por natureza dos CPCs mostra que a maioria dos serviços pertence à rede privada (39,62%). Outros 32,08% são vinculados à rede pública – Sistema Único de Saúde (SUS). Houve também a identificação de unidades privadas vinculadas ao SUS (18,87%) e filantrópicas (9,43%).   

Juntos, os CPCs receberam 1.340 bolsas de células, sendo que 1.241 foram obtidas nas próprias unidades federadas (UFs), 71 de outras UFs e 28 de outros países. A distribuição percentual de bolsas por região de coleta foi a seguinte: 63,58% do Sudeste; 15,67% do Nordeste; 14,85% do Sul e 5,9% do Centro-Oeste.      

Em relação à finalidade de uso, foram informadas um total de 1.349 bolsas, sendo 918 autólogas (68,05%), 315 (23,35%) aparentadas e 116 (8,6%) não aparentadas. Neste recorte, a ferramenta permite a consulta por região e por natureza do estabelecimento. Quanto à origem do material, é possível verificar que 1.165 bolsas de células (86,42%) foram obtidas por aférese e 183 (13,58%) por punção medular.    

Instrumento de avaliação   

Para a Anvisa, o relatório constitui um instrumento de avaliação e monitoramento das atividades dos CPCs que realizam o processamento de CPH-MO e de CPH-SP para transplante convencional. Em conjunto com outras informações sobre os estabelecimentos de saúde, os dados podem ser utilizados pelos órgãos de vigilância sanitária como ferramenta para subsidiar ações de inspeção e fiscalização e também pelos próprios CPCs, como parâmetro de controle e de comparação visando a melhoria dos seus processos de trabalho.   

Confira na íntegra os dados de produção dos Centros de Processamento de Células Progenitoras Hematopoéticas de Medula Óssea (CPH-MO) e de Sangue Periférico (CPH-SP) para transplante convencional.  

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