General Heleno criticou o Centrão em 2018
- Atual ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) disse que o grupo era o exemplo de impunidade
Um vídeo que circulou nas redes nesta semana mostra o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, ironizando o Centrão.
Na convenção nacional do PSL de 22 de julho de 2018, o ministro parodiou um samba em seu discurso em que foi lançada a candidatura de Bolsonaro à Presidência, que ficou eternizado pelo cantor Bezerra da Silva: “Se gritar pega centrão, não fica um meu irmão”, cantou, substituindo a palavra “ladrão”, da letra original, pelo nome dado ao grupo de partidos. Heleno afirmou que o grupo de partidos é o “exemplo da impunidade”, citando esquemas de corrupção, como a Lava-jato. “Querem reunir todos aqueles que precisam escapar das barras da lei em um só núcleo. Quanto maior, melhor, mais eles vão se proteger. E daí surgiu esse Centrão. O primeiro ato do presidente que foi eleito carimbado de Centrão vai ser uma anistia ampla e restrita. Vai ser o indulto de todos que estão envolvidos na Lava-Jato em todos os processos. Vai sair todo mundo 0 a 0″, afirmou Heleno.
Formado por partidos como Republicanos, Progressistas e Solidariedade, o bloco informal se tornou desde o ano passado um dos aliados do governo, que havia sofrido diversas derrotas políticas no Congresso. Gradativamente, Bolsonaro distribuiu cargos ao Centrão em troca de votos, em política conhecida como “toma lá, dá cá”, amplamente criticada por Bolsonaro na campanha eleitoral.