Rogério Caboclo é afastado da CBF após denúncia de assédio moral e sexual
A Comissão de Ética do Futebol determinou ontem o afastamento de Rogério Caboclo, presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
Os membros da Comissão de Ética enviaram a ordem à diretoria da CBF para que o dirigente fique fora do cargo por pelo menos 30 dias, com possibilidade de prorrogação, para se defender devidamente da denúncia de assédio moral e sexual, protocolada por uma funcionária da CBF na última sexta-feira (4).
Com o espaço vago, quem volta ao comando da CBF, no papel, é o vice-presidente mais velho da entidade, Antônio Carlos Nunes, o Coronel Nunes. Caboclo e a CBF já foram notificados da decisão.
Horas antes do presidente da CBF ser afastado do cargo, trechos de uma conversa de Rogério Caboclo com a funcionária que o denunciou por assédio moral e sexual foram revelados.
Com o afastamento de Caboclo, a Conmebol pretende decidir o mais breve possível quem será o cabeça da organização da Copa América no Brasil, que começa no dia 13.
A troca na presidência da CBF se dá às vésperas de uma Copa América trazida para o Brasil após o “sim” dado por Caboclo à Conmebol. O dirigente se aliou ao presidente da República, Jair Bolsonaro, para organizar o torneiro em solo brasileiro. Mas o modus operandi dessa confirmação trouxe um problema dentro da própria seleção, a ponto de jogadores e comissão técnica demonstrarem diretamente a Caboclo a insatisfação com o cenário.