Sem Lula, Alckmin apoia reeleição de governador do PSB contra PT na Paraíba

A convenção estadual do PSB, realizada em João Pessoa na ultima Sexta-feira (5), referendou a reeleição do governador, eleito, em 2018, com o apoio do PT. Com racha no antigo grupo político do ex-governador Ricardo Coutinho (PT), antigo aliado de Azevêdo e pré-candidato ao Senado, Lula costurou um acordo para conseguir atrair o MDB regional. Entre os dois partidos, a divisão de palanque já era esperada e não causa qualquer constrangimento à candidatura. Lula e Alckmin têm rodado o país juntos, mas quando Lula foi promover Veneziano, na última terça (2), Alckmin ficou em São Paulo, acompanhando agenda de Fernando Haddad (PT) e Márcio França (PSB). No evento, que fechou a chapa com o Lucas Ribeiro (PP), vice. E a deputada estadual Pollyana Dutra (PSB-PB) como candidata ao Senado, Alckmin falou que Azevêdo é um dos melhores governadores do país e que seu trabalho tem de continuar.

Nas redes sociais, além de postar fotos a abraçando Azevêdo, Alckmin lembrou que o atual governador também é apoiador de Lula, embora o ex-presidente, que mantém uma boa relação com ele, não possa subir em seu palanque.

Azevêdo e seu grupo dizem que gostariam de ter Lula em seu palanque.

O governador, que participou da executiva nacional que sancionou a chapa Lula-Alckmin, segue apoiando o ex-presidente.

Ele chegou a encontrar com Lula no Rio Grande do Norte, em junho, para articular um possível entendimento. Carlos Siqueira, presidente do PSB, também tentou alinhar uma aliança, sob o argumento de que não faria sentido descartar uma reeleição — no Espírito Santo, o raciocínio funcionou e o PT passou a apoiar o segundo mandato de Renato Casagrande (PSB).

O grupo de Lula argumenta, no entanto, que a aliança Lula-Veneziano-Coutinho já está fechada desde o final do ano passado, antes de Azevêdo voltar ao PSB, em fevereiro, e da aliança nacional ser oficializada, em abril. O PT-PB também descarta palanque duplo, a exemplo do que acontece em Pernambuco, onde o PSB impediu que Lula também subisse no palanque da deputada Marília Arraes (SD-PE) em prol de Danilo Cabral (PSB-PE).

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