Banco dos Brics, presidido por Dilma Rousseff, destinará R$ 5,7 bilhões a obras no RS

Pouco menos da metade desse valor será transferida por meio do BNDES: US$ 250 milhões devem ser destinados a pequenas e médias empresas e outros US$ 250 milhões para obras de proteção ambiental

O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), conhecido como “Banco dos Brics” e atualmente comandado pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), anunciou um aporte de US$ 1,115 bilhão (o equivalente a R$ 5,75 bilhões) para financiar obras de infraestrutura no processo de reconstrução do Rio Grande do Sul.

“Quero dizer aos gaúchos que podem contar comigo e com o NDB neste momento difícil”, disse Dilma Rousseff, presidenta do Banco dos BRICS. Ela conversou com o presidente Lula e o governador Eduardo Leite para acertar o repasse de US$ 1,115 bilhão para obras de infraestrutura urbana, saneamento básico e proteção ambiental e de prevenção de desastres no estado O Novo Banco de Desenvolvimento, o chamado Banco dos BRICS, vai destinar R$ 5,750 bilhões para o estado do Rio Grande do Sul, com o objetivo de reconstruir a infraestrutura urbana e rural nos municípios atingidos pelas fortes enchentes ocorridas desde o final de abril e ajudar na retomada da vida gaúcha.

O anúncio foi feito pela presidenta do NDB, Dilma Rousseff. Em vídeo divulgado nas redes sociais, a economista anunciou que a instituição financeira multilateral vai liberar US$ 1,115 bilhão para o Brasil. “Conversei com o presidente Lula e com o governador Eduardo Leite para tratarmos desta situação dramática e definir como prestar ajuda financeira”, disse a ex-presidenta do Brasil.

“Quero reiterar minha solidariedade aos gaúchos e aos governos federal e estadual. O Banco dos BRICS tem compromisso e atuará na reconstrução e na recuperação da infraestrutura do Estado. Queremos ajudar as pessoas a reconstruir suas vidas”. Dilma disse que o Novo Banco de Desenvolvimento vai destinar recursos sem burocracias para o Rio Grande do Sul por ação direta e ainda por meio de parceria com outras instituições financeiras brasileiras, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

De Xangai, na China, sede do Banco dos BRICS, Dilma declarou que a instituição financeira multilateral que ela comanda, fundada em 2015 pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e que hoje conta ainda com Egito, Bangladesh e Emirados Árabes Unidos, está solidária. “O Novo Banco de Desenvolvimento está ao lado do povo gaúcho. Quero anunciar que vamos destinar US$ 1,115 bilhão em recursos para ajudar o Estado do Rio Grande do Sul e os gaúchos, que me adotaram há mais de 50 anos, a superar esta tragédia”, disse. Do total de R$ 5,570 bilhões, pouco menos da metade dos recursos, cerca de 500 milhões de dólares do Banco dos BRICS, serão transferidos por meio do BNDES, sendo US$ 250 milhões para pequenas e médias empresas e outros US$ 250 milhões para obras de proteção ambiental, infraestrutura, água e tratamento de esgoto, e prevenção de desastres. O NDB tem US$ 200 milhões disponíveis para aplicação direta, podendo contemplar obras de infraestrutura, vias urbanas, pontes e estradas.

Em parceria com o Banco do Brasil, o NDB vai destinar US$ 100 milhões para infraestrutura agrícola, em projetos de armazenagem e infraestrutura logística. Já com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), serão liberados imediatamente US$ 20 milhões para projetos de desenvolvimento e mobilidade urbana e recursos hídricos. Outros US$ 295 milhões previstos no contrato BRDE, em processo de aprovação final, vão para obras de desenvolvimento urbano e rural, saneamento básico e infraestrutura social. A presidenta detalhou que os recursos serão transferidos rapidamente e sua destinação é passível de direcionamento de acordo com as urgências e as prioridades do Estado do Rio Grande do Sul.

“Quero dizer aos gaúchos que podem contar comigo e com o NDB neste momento difícil”, afirmou. “Tenho certeza que pela força do povo gaúcho, a solidariedade do povo brasileiro e da comunidade internacional essa crise será superada. E devemos tomar todas as medidas para que ela não mais se repita”. E concluiu sua mensagem: “Fiquem firmes e amparados pela esperança e a solidariedade. Estamos juntos”.

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