Inflação tem peso maior para mais pobres na pandemia

Os mais pobres gastam mais relativamente com alimentos, enquanto os mais ricos, com serviços.

A alta nos preços registrada durante a pandemia está tendo forte impacto em lares de baixa renda, mas tem afetado pouco os mais ricos. Segundo um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a inflação acumulada até julho é de 1,15% em domicílios com renda familiar de até R$ 1.650,50, ao passo que o custo de vida teve variação de 0,03% para famílias com renda acima de R$ 16.509,66. Concentrada em itens básicos como arroz, feijão e farinha de trigo, a inflação tem grande peso em lares de renda baixa, que destinam uma fatia maior do orçamento à alimentação, na comparação com os mais ricos.

O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda decompõe o IPCA por faixas de renda. A faixa mais pobre tem renda domiciliar abaixo de R$ 1.650,50 mensais por família. A faixa mais rica tem renda domiciliar acima de R$ 16.5009,66 mensais por família.

Segundo o Ipea, enquanto a inflação dos alimentos voltou a se acelerar em agosto, os descontos dados por creches e escolas particulares por causa da pandemia contribuíram para derrubar ainda mais o índice de serviços.

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