Aliança Global contra a Fome e a Pobreza estará aberta a adesões a partir desta quarta (24)
Podem fazer parte da iniciativa governos, organizações internacionais, instituições de conhecimento, fundos e bancos de desenvolvimento, e instituições filantrópicas
A reunião ministerial da Força-Tarefa para o estabelecimento da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, nesta quarta-feira, 24 de julho, no Rio de Janeiro (RJ), marca o seu pré-lançamento e a apresentação da sua estrutura institucional. A partir dessa data, países e instituições interessadas poderão aderir à iniciativa.
“Sabemos como eliminar o flagelo da fome e da pobreza, temos os recursos e o conhecimento, só precisamos mobilizá-los de forma consistente, e para onde mais precisam”, afirmou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias. “Essa é a proposta da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que o presidente Lula sugeriu ao mundo, e que está sendo construída na presidência brasileira do G20”, acrescentou.
O ministro reforçou a importância da adesão dos interessados. “O presidente Lula convida para que todos participem, desde de todos os países da família das Nações Unidas, às organizações internacionais, aos fundos de financiamento, aos bancos multilaterais, à academia, às instituições de conhecimento, todos que dela quiserem participar”, adiantou.
A expectativa é que Brasil e Bangladesh sejam os primeiros integrantes. Para o MDS, o ato guarda importante simbolismo por ressaltar a liderança de dois países do Sul Global no tema, com histórico de sucesso recente na redução da fome e da pobreza, e por colocar em destaque soluções apresentadas por países em desenvolvimento para acabar com a fome e com a pobreza
As adesões dos membros à Aliança se materializam por meio da apresentação de uma Declaração de Compromisso, que inclui compromissos gerais com os objetivos e desenho da Aliança, bem como itens adaptados aos interesses e condições de cada novo membro. As Declarações de Compromisso são voluntárias e podem ser atualizadas por cada país ou instituição conforme a necessidade.
A Aliança está aberta a governos, organizações internacionais, instituições de conhecimento, fundos e bancos de desenvolvimento, e instituições filantrópicas. A depender da política a ser implementada, o setor privado de cada país poderá ser chamado a participar e contribuir para a implementação, por exemplo por meio de parcerias público-privadas, conforme as orientações do país implementador.
De novembro em diante, os países e instituições interessadas ainda poderão aderir à Aliança, mas não serão considerados membros fundadores.
ALIANÇA GLOBAL – A ideia de formar a Aliança é uma iniciativa do presidente Lula, que foi inicialmente proposta quando o Brasil participou da Cúpula do G20 em Nova Delhi, na Índia, no ano passado, e está sendo trabalhada durante a atual presidência brasileira do grupo.
Uma Força-Tarefa, integrada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) e pelo Ministério da Fazenda (MF), se reuniu diversas vezes para chegar a um consenso, entre mais de 50 delegações internacionais, sobre os documentos fundacionais da Aliança, que serão endossados nesta quarta-feira.
O G20 foi usado como uma plataforma impulsionadora da Aliança mas, após seu lançamento formal na Cúpula do G20, em novembro, a iniciativa irá operar de forma independente como uma plataforma global autônoma.Categoria
Assistência Social