Casais liberais definem traição como rompimento de acordos: “Não é só o sexo, é a mentira também”

Mesmo em relações livres, esconder é trair, aponta levantamento com mais de 14 mil pessoas

Recentemente, o influenciador Arthur O Urso, conhecido por viver um relacionamento poliamoroso, gerou polêmica nas redes ao anunciar o fim de sua relação aberta de longa data por ter sido traído. “Sim, existe traição dentro de um relacionamento não-monogâmico”, declarou, levantando a questão: é possível trair em modelos de amor que nascem justamente da ideia de liberdade sexual? Especialistas e adeptos do meio liberal dizem que sim, e que o problema não é o sexo, mas a quebra dos combinados.

Uma pesquisa com mais de 14 mil usuários do Sexlog, maior rede social adulta da América Latina, revelou que, no meio liberal, traição não significa simplesmente “ficar com outra pessoa”. Entre os respondentes, 36,8% consideram traição fazer sexo sem contar ao parceiro, enquanto 29% apontam o rompimento de acordos pré-estabelecidos como a principal quebra de confiança.

Essa lógica de que “liberdade não é bagunça” também se reflete na forma como casais e solteiros buscam novos parceiros. Existem aplicativos voltados exclusivamente para o público liberal, como o Ysos que conta com recursos como filtros detalhados, verificação de perfis, chats e galerias privadas, permitindo que os envolvidos alinhem expectativas e acordos antes mesmo do primeiro encontro. “Quando as regras estão claras desde o início, as chances de alguém se sentir traído diminuem muito. Nosso objetivo é oferecer um espaço seguro para que as pessoas possam explorar seus desejos com respeito e consentimento”, explica Gustavo Ferreira, head de marketing do Ysos.

O levantamento mostra ainda que quase metade dos entrevistados (45,7%) acredita que pessoas do meio liberal traem menos do que as que vivem relacionamentos monogâmicos. Para muitos, a clareza nos combinados e o diálogo constante reduzem as chances de infidelidade.

Marcelo*, por exemplo, conta que já viveu um casamento monogâmico em que considerava traição qualquer ato escondido. “Eu sempre deixei claro que, se fosse às escondidas, era traição para mim. Depois da separação, descobri que minha ex passou a se exibir e interagir no Sexlog”, relata. Já Carlos*, que viveu um relacionamento aberto por 14 anos com o fetiche de ver a parceira com outros homens (cuckold), diz que foi surpreendido quando ela iniciou um envolvimento sem contar a ele: “Além de ter sido uma traição, ela ainda resolveu me deixar”.

Mesmo em um ambiente que preza pela liberdade sexual, 15,5% afirmam já terem sido traídos dentro de relações liberais, enquanto 67,4% disseram que não. Por outro lado, 16,2% admitem já ter rompido algum acordo. A conversa aberta é mais comum nesse meio: 39,8% afirmam que se sentiriam confortáveis em falar com o parceiro sobre uma possível traição, e outros 36,3% dizem que dependeria da situação.

Sobre o Sexlog
Com mais de 23 milhões de usuários, o Sexlog é a maior rede social de sexo e swing da América Latina. A plataforma oferece um ambiente seguro para quem deseja explorar a sexualidade com liberdade, respeito e muito prazer.

Sobre o Ysos

Ysos é um aplicativo que permite os amantes do sexo liberal a encontrar o terceiro elemento para um ménage a trois. Lançado em 2018 pelo Sexlog, o app está disponível para BR, USA e LATAM, disponível para Android e iOS e pode ser baixada na Play Store e na App Store.

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