1 em cada 4 empresas não tem funcionárias negras

Uma pesquisa da consultoria Triwi aponta mostra que 24% das empresas brasileiras não têm mulheres negras no quadro de funcionários. Além disso, mais de 27% dos negócios no país não têm mulheres em cargos de chefia e quase 70% não empregam mulheres com deficiência. A desigualdade também aparece sob o ângulo da remuneração: em quase metade das empresas analisadas pelo estudo, as mulheres ganham menos do que os homens. Apenas em 3,2% dos casos elas recebem salários maiores do que eles.

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“Infelizmente, a pesquisa nos mostra que ainda existe um enorme abismo na cultura das empresas que precisa ser mudado. As mulheres ainda não têm a mesma oportunidade que os homens nem nenhum tipo de canal de denúncias de assédio”, diz Ricardo Martins, CEO e principal estrategista da Triwi.

Pesquisa Tiwi — Foto: Economia G1

Em relação ao percentual de mulheres negras, a pesquisa aponta que 46,8% das empresas entrevistadas contam com até 10% do quadro de funcionárias representado por mulheres negras, e apenas 3,2% contam com mais de 51% de funcionárias negras.

Outra questão abordada foi qual o percentual de mulheres que ocupam cargos de chefia. A pesquisa revelou que 27,4% das empresas entrevistadas não possuem mulheres em cargo de chefia e 32,3% das empresas contam com até 10% de mulheres no comando.

A pesquisa ainda mostra que em 48,4% das empresas entrevistadas as mulheres ganham menos que os homens. Apenas em 3,2% das empresas as mulheres ganham mais que os homens e em 19,4% das empresas as mulheres ganham igual aos homens.

Sobre mães no mercado de trabalho, o levantamento mostra que 35,5% das empresas possuem até 10% do quadro composto de funcionárias que são mães. Outros 32,3% possuem entre 11% e 30% delas. E em 9,7% não há empregadas que são mães.

A pesquisa apontou que o nível de escolaridade das mulheres nas empresas é alto – 79% contam com mulheres com nível superior ou pós graduação.

A pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 17 de agosto com 2.542 empresas dos setores de serviços (53,2%), indústria (30,6%) e comércio (16,1%), das regiões Sudeste (45,2%), Centro-Oeste (14,5%), Sul (17,7%), Norte (11,3%) e Nordeste (11,3%) – 45,2% delas possuem mais de 500 funcionários e 27,4%, entre 2 e 50 empregados.

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