Candidato do MDB em João Pessoa agora não quer saber de Bolsonaro

No rádio e na TV, o jornalista Nilvan Ferreira (MDB) sempre foi um defensor nato de Jair Bolsonaro — as cores de sua campanha no primeiro turno foram verde e amarela, inclusive.

Arte: Rodrigo Freitas

“A política de Bolsonaro está certa e vou procurá-lo quando eu for prefeito”, afirmava ele à imprensa local.

Agora que chegou ao segundo turno, o emedebista não tem gostado da alcunha de bolsonarista e defende que o apoio ao presidente não pode entrar no debate.

Radialista e apresentador de TV, Nilvan fez voo solo, tendo um bolsonarista assumido, Major Milanez, como vice na chapa pura do MDB.
Os apoios no segundo turno ainda não estão claros na capital paraibana.
O atual prefeito, Luciano Cartaxo (PV), que está concluindo seu segundo mandato e cuja candidata não chegou ao segundo turno, já sentou com os dois candidatos — o candidato tucano, Ruy Carneiro, ficou em terceiro lugar na disputa, e assumiu uma posição de independência na disputa entre os adversários Cícero Lucena e Nilvan Ferreira. Para Ruy é fundamental o papel de independência para evitar que todas as lideranças políticas do Estado estejam ligadas ao governo da Paraíba ou à Prefeitura da Capital. Ruy ficou a apenas 885 votos de chegar ao segundo turno.
O mais bem votado foi Cícero Lucena (PP), candidato do deputado federal Aguinaldo Ribeiro, líder da maioria na Câmara, e da senadora Daniella Ribeiro, que são irmãos.

Cícero já foi prefeito da capital, senador, vice-governador e governador da Paraíba. Largou com o apoio do atual governador, João Azevêdo, que trocou o PSB pelo Cidadania em meio à Operação Calvário, e do PTB do enrolado deputado federal Wilson Santiago. No segundo turno, tende a receber o apoio do DEM, do Solidariedade, do PSL e do Podemos.


Cícero, aliás, também flertou com o bolsonarismo no primeiro turno, o que não deve se repetir agora.

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