Médico e pastor defensores da cloroquina morrem de Covid

Morreram de Covid-19, no último fim de semana, o médico Lécio Patrocínio, 68 anos, e o pastor Thiago Andrade de Souza, 36, ambos vítima de COVID-19. Bolsonarista, Lécio defendia o uso da cloroquina e criticava a OMS (Organização Mundial da Saúde).

crédito: Reprodução/Redes Sociais

Lécio desenvolveu complicações sucedidas de uma pneumonia. Ele chegou a ficar um mês internado em Macaé e há cerca de três semanas havia sido transferido para o Hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro, onde morreu.

Além de médico, Lécio era professor do curso de Medicina no campus Macaé. Em nota, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) lamentou a morte.

Já o pastor Thiago Andrade de Souza, 36, era do Movimento São Paulo Conservador; deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) compartilhou mensagem de condolências. Nas redes sociais ele era ativo na campanha pelo uso preventivo da cloroquina e ivermectina, que não foi comprovada eficácia contra o novo coronavírus.

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“Se você tomou ivermectina, azitromicina ou hidroxicloroquina, poste no Facebook. Poste que é a favor. Vamos forçar as prefeituras a começarem a prevenção urgente. E fazer a distribuição gratuita”, postou Thiago no Facebook em novembro.

A maior parte dos estudos até agora atestam que as duas substâncias não são eficazes para o combate à infecção por coronavírus, o que une Organização Mundial da Saúde (OMS) e quase toda a comunidade científica. Ainda há estudos em andamento sobre doses e condições de uso, mas até agora não existe comprovação de eficácia como a sugerida pelo pastor e por outros bolsonaristas.

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