Anvisa alerta para riscos da automedicação

Segundo a agência, a prática pode causar reação grave, inclusive óbito

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A automedicação, especialmente nesse momento de pandemia, tem preocupado autoridades sanitárias em todo o mundo. “É preciso que as pessoas se conscientizem dos riscos reais dessa prática, que pode causar reações graves, inclusive óbitos”, alertou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em comunicado.

Ainda segundo a Agência, essa avaliação é feita a partir de critérios técnico-científicos, de acordo com o paciente e o conhecimento da doença: “todo medicamento apresenta riscos relacionados ao seu consumo, que deve ser baseado na relação benefício-risco. Ou seja, os benefícios para o paciente devem superar os riscos associados ao uso do produto”.

Para se ter uma ideia da dimensão e da gravidade do problema, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 50% de todos os medicamentos são prescritos, dispensados ou vendidos de forma inadequada. Além disso, metade de todos os pacientes não faz uso dos medicamentos corretamente.

É importante que a população – profissionais de saúde e cidadãos – compreendam as formas de auxiliar a Agência na monitorização da relação benefício-risco de medicamentos no Brasil.

Alguns exemplos de uso irracional de medicamentos incluem [3]:
• uso de muitos medicamentos simultaneamente pelo paciente, também
conhecido como polifarmácia.
• uso incorreto de antibióticos, muitas vezes em dosagem inadequada ou para
tratar infecções não bacterianas.
• excesso de uso de injeções, quando formulações orais seriam mais apropriadas;
• falta de prescrição de acordo com as diretrizes clínicas baseadas em evidências
científicas.
• não adesão aos regimes de dosagem prescritos.
• automedicação inapropriada.

Notificação

Para identificar novos riscos e atualizar o perfil de segurança dos medicamentos, a Anvisa lembra que é imprescindível que profissionais de saúde e cidadãos notifiquem as suspeitas de eventos adversos, mesmo sem ter certeza da associação com o medicamento.

Os eventos devem ser notificados pelo VigiMed. “A qualidade dos dados inseridos no sistema é fundamental para subsidiar a análise pelas equipes especializadas. É importante identificar o produto e informar o fabricante e o número do lote”, orienta a Anvisa.

A Anvisa está atenta e acompanhando os casos notificados de eventos adversos supostamente ligados à vacinação e ao uso de medicamentos no Brasil. No entanto, é imprescindível que os possíveis casos sejam comunicados à Agência pela população
(profissionais de saúde e cidadãos).
Toda alteração na relação benefício-risco envolvendo medicamentos e vacinas utilizadas no Brasil é comunicada pela a Anvisa aos profissionais de saúde e à população.

Acesse a íntegra do Comunicado 3/2021

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