Ministro Ramos diz que tomou vacina escondido e teme pela vida de Bolsonaro

Áudio foi vazado em reunião do CSP Aconselha presidente a vacinar-se

Ministro da Casa Civil diz que tomou vacina escondido por orientação do  Planalto | Política | iG

O ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, disse nesta Terça feira 27.abr que tomou a vacina contra a covid-19 escondido e afirmou que o presidente Jair Bolsonaro, de 66 anos, corre risco de vida, por isso aconselha o mandatário a vacinar-se contra a doença.

“Tomei escondido, né, porque era a orientação […] Estou envolvido pessoalmente tentando convencer o nosso presidente, independente de todos os posicionamentos, que nós não podemos perder o presidente para um vírus desse. A vida dele, no momento, corre risco”, afirmou Ramos.

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As declarações vazaram em áudio de reunião do Conselho de Saúde Suplementar, que estava sendo transmitida ao vivo na internet. Os ministros Marcelo Queiroga (Saúde) e Paulo Guedes (Economia) também participaram.

No encontro, Ramos disse que se imunizou porque, “como qualquer ser humano”, quer “viver”. E completou: “Se a ciência e a medicina estão dizendo que é a vacina, né, Guedes, quem sou eu para me contrapor?”.

A Casa Civil negou que o ministro tenha recebido “orientação” para “esconder” a informação. E afirmou que Ramos tomou a 1ª dose da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford.

Na mesma reunião, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que os chineses “inventaram” o coronavírus, e que a vacina do país para impedir o avanço da doença é “menos efetiva” do que o imunizante da Pfizer, dos Estados Unidos — o próprio Guedes já foi vacinado, com a CoronaVac, de origem chinesa.

Na reunião, Guedes criticou a vacina chinesa, embora ele mesmo tenha sido imunizado com a CoronaVac.

“O chinês inventou o vírus, e a vacina dele é menos efetiva do que a americana. O americano tem 100 anos de investimento em pesquisa. Então, os caras falam: ‘Qual é o vírus? É esse? Tá bom, decodifica’. Tá aqui a vacina da Pfizer. É melhor do que as outras”, declarou Paulo Guedes, durante reunião do Conselho de Saúde Complementar.

Diferentemente do que Guedes afirmou, porém, a vacina da Pfizer não foi desenvolvida por americanos, mas por um casal de cientistas alemães de origem turca, dono da empresa Biontech.

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