Senado conclui esforço concentrado para votar autoridades
Em sessão semipresencial nesta quarta-feira (23), o Senado aprovou as indicações de 27 autoridades: foram 23 diplomatas, 3 ministros do Superior Tribunal Militar (STM) e 1 representante para agência internacional. Os senadores também aprovaram a medida provisória que recriou o Ministério das Comunicações (MP 980/2020).
Foi o terceiro dia de votação concentrada, concluindo o esforço do Senado para resolver o acúmulo de autoridades com indicações pendentes, causada pela pandemia do coronavírus, quando o Senado decidiu priorizar as sessões remotas. A Constituição prevê que o Senado deve aprovar determinadas autoridades, tanto para atuar em órgãos nacionais como para representar o país no exterior. Na segunda-feira (21), a Comissão de Relações Exteriores (CRE) promoveu a sabatina de 32 autoridades. Na terça-feira (22), o Plenário confirmou 11 indicados. A votação desta quarta completa a agenda prevista.
As sessões para escolha de autoridades foram realizadas de forma semipresencial, com alguns senadores em Plenário e outros de forma remota. As votações, no prédio do Senado, podiam ser registradas em totens especialmente criados para essas reuniões, colocados em locais estratégicos. A ideia era seguir as recomendações de distanciamento, como forma de evitar o contágio e a propagação do coronavírus, e viabilizar a forma secreta de votação de autoridades, conforme previsão constitucional.
Esforço
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, agradeceu o apoio dos colegas senadores e destacou a atuação dos servidores, que trabalharam para viabilizar a forma de sessão semipresencial. Ele ainda elogiou o esforço dos senadores, tanto os que estiveram no Plenário como aqueles que acompanharam as votações a distância.
A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) avaliou como positivo o esforço concentrado. Ela disse que o rendimento foi “muito bom” e lembrou que, nesta quarta, vários senadores não saíram do Plenário nem para almoçar. Eliziane ainda destacou que o sentimento foi de manter o foco e, assim, o Plenário conseguiu ter um resultado bastante positivo.
Mulheres
Na opinião da senadora Zenaide Maia (Pros-RN), o Senado precisava realizar as sessões de forma semipresencial para apreciar as indicações de autoridade, pois muitos países estavam sem chefia nas representações brasileiras. Ela lamentou, porém, o baixo número de mulheres entre os indicados: dos 32 nomes de diplomatas enviados ao Congresso, apenas 2 eram de mulheres.
— Isso mostra como a representação feminina é muito pequena. A gente ainda está muito distante do ideal — declarou a senadora, que ainda pediu a presença de mais mulheres como candidatas a cargos políticos.
Fonte: Agência Senado