Banco do Brasil tem lucro de R$ 3,2 bilhões no 2º trimestre, queda de 23,7%
Banco aumentou as provisões para empréstimos inadimplentes em meio à crise desencadeada pelo coronavírus. Com menor uso de cartão de crédito e cheque especial, carteira de crédito recuou 0,5% na comparação com o 1º trimestre.
O Banco do Brasil registrou lucro líquido contábil de R$ 3,2 bilhões no 2º trimestre, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (6). O resultado representa uma queda de 23,7% em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 4,2 bilhões).
Já o lucro líquido ajustado do banco, que exclui itens extraordinários, somou R$ 3,3 bilhões no período entre abril e junho, queda de 25,3% na comparação anual.
No comparativo semestral, o lucro líquido somou R$ 6,4 bilhões, com queda de 21,9% na comparação com os 6 primeiros meses de 2019.
Segundo o BB, o resultado foi influenciado, principalmente, “pela resiliência da margem financeira bruta, pressão nas receitas com prestação de serviços, diminuição das despesas com risco legal e aumento da PCLD (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa)”.
Aumento das provisões para empréstimos inadimplentes
As despesas totais com provisões para créditos de liquidação duvidosa atingiram R$ 5,907 bilhões no 2º trimestre, com alta de 42,4% na comparação anual e de 51,8% no semestre.
Em meio à pandemia de coronavírus, as receitas de tarifa e prestação de serviços caíram 6,4% na comparação anual, a R$ 6,9657 bilhões no trimestre encerrado em junho. Já as despesas administrativas totalizaram R$ 7,850 bilhões, uma alta de 2,6%.
O retorno sobre o patrimônio líquido do Banco do Brasil, um indicador da lucratividade dos bancos, caiu ainda mais e atingiu 11,9% no período entre abril e junho, ante 12,5% trimestre imediatamente anterior e 17,6% no 2º trimestre de 2019.
Em fato relevante separado, o BB comunicou que seu conselho diretor aprovou o valor de R$ 1,257 bilhão de reais em remuneração aos acionistas sob a forma de juros sobre o capital próprio (JCP) relativos ao primeiro semestre de 2020.