IDH brasileiro anda a passos lentos, e país cai 5 posições em ranking de qualidade de vida
Entre 2018 e 2019 — portanto, antes da pandemia do novo coronavírus —, o Brasil perdeu cinco posições no ranking mundial do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e passou da 79ª para a 84ª posição segundo relatório divulgado hoje pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento). A queda, escreve Felipe Amorim hoje no UOL, acontece apesar de leve aumento no índice nacional, que oscilou de 0,762 para 0,765.
O IDH mede o progresso dos países em saúde, educação e renda. Para esse indicador, quanto mais próximo de 1, mais alto é o desenvolvimento humano. O ranking é liderado pela Noruega, cujo IDH é de 0,957. Na outra ponta, o Níger tem o pior índice, de 0,394.
Os principais fatores que compõem o IDH são a expectativa de vida, os anos de escolaridade e o PIB (Produto Interno Bruto) per capita, ou seja, a quantidade de riqueza produzida por um país dividida pelo número de habitantes.
A média do crescimento do índice do Brasil nos últimos dez anos, de 2010 a 2019, foi de 0,57% a cada ano — acima da média dos países da região da América Latina e Caribe, de 0,44% por ano no período, mas abaixo da dos países considerados de alto desenvolvimento humano, com 0,73%.
Para a coordenadora da Unidade de Desenvolvimento Humano do Pnud no Brasil, Betina Barbosa, o resultado brasileiro representa um avanço lento do país no índice, mas mostra a consolidação do Brasil no grupo de países de alto IDH. “Eu diria que a gente teve um crescimento lento e que não expressa melhoria significativa no IDH Brasil.”