Zanardi passa por craniotomia e volta a falar

Após seis meses de grave acidente, italiano dá mostras de evolução e especialista comenta

Em 2001 na Indy, o piloto guiava o monoposto da Mo Nunn na etapa da Alemanha, em Lausitzring, quando sofreu um acidente que mudou os rumos de sua vida. 

Após fazer um pit-stop, o então líder da prova perdeu o controle na saída do pit-lane, rodou e foi acertado em cheio pelo carro de Alex Tagliani.  O impacto da batida foi fortíssimo, e Zanardi perdeu as duas pernas.

Mas Zanardi jamais esmoreceu, jamais desanimou. Um ano depois, voltou à mesma Lausitzring e completou as 13 voltas que faltavam para completar a corrida de 2001, com um modelo adaptado

Alex Zanardi vem mostrando novamente sua força de viver. O italiano se recupera de um grave acidente de handbike (bicicleta de mão). Em 19 de junho de 2020, Zanardi se acidentou quando competia na cidade de Pienza na Itália. O ex-piloto se chocou com um veículo pesado e sofreu múltiplos traumas, sendo removido do local de helicóptero. 

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Os relatos são de que Zanardi perdeu controle, entrou na contramão e acabou atingido por caminhão.

O bicampeão da Indycar (1997 e 1998) passou por uma intervenção neurológica que lhe devolveu a capacidade de fala, Zanardi então começou a reagir ao ambiente e a falar, com base nas palavras da Dra. Alemanno.

Segundo ela, foi feita uma técnica conhecida como ‘awake surgery’ (cirurgia para despertar), usada em casos de tumores que atingem o cérebro e podem prejudicar algumas de suas funções. Por meio de estímulos elétricos são identificadas as áreas que podem receber as incisões sem risco de novos danos.

Seu método é importante porque seus pacientes ficam acordados durante o procedimento.

“Este é um procedimento especial que poucas pessoas usam na Itália. O objetivo é que o paciente viva com a melhor qualidade possível após o procedimento. É utilizado principalmente para jovens entre 30 e 50 anos, em casos especiais.”

“O objetivo não é apenas sobreviver, mas manter as funções cognitivas do paciente no mais alto nível possível”, explicou a especialista.

“Foi uma grande emoção quando começou a falar, ninguém acreditava que seria possível, mas foi. E logo se comunicou com os familiares”.

texto reproduzido pela revista Autosprint

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