Manaus recebe cilindros de oxigênio de São Paulo e de empresa fornecedora
Dois aviões da FAB fizeram o transporte do material para ajudar os hospitais da capital do Amazonas, que entraram em colapso após recorde das internações por Covid-19 .
Em nota, a White Martins afirma que “tem mobilizado todos os esforços para suprir a demanda exponencial de oxigênio, que já aumentou cinco vezes nos últimos 15 dias, alcançando um volume de 70 mil metros cúbicos por dia”. “Esse consumo equivale a quase o triplo da capacidade nominal de produção da unidade local da White Martins em Manaus (25 mil m3/dia) e segue crescendo fora de controle e qualquer previsibilidade”, diz a empresa. Para abastecer as unidades de saúde, a companhia diz que atua para viabilizar a importação de oxigênio da Venezuela. “A White Martins já identificou a disponibilidade de oxigênio em suas operações na Venezuela e neste momento está atuando para viabilizar a importação do produto para a região”, diz o comunicado.
Também em nota, a FAB afirmou que a missão de suporte à situação de Manaus “marca o início de uma nova fase de combate a Covid-19 no ano de 2021”. “É um orgulho poder ombrear com militares e civis num esforço conjunto de combate à pandemia. Esperamos que, muito em breve, estejamos todos celebrando o fim desses infortúnios”, disse o Major Aviador Flavio Diniz Pereira, comandante da aeronave que enviou os insumos para a capital do estado.
Dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) carregados com cilindros de oxigênio chegaram a Manaus no início da madrugada desta sexta-feira (15). Eles foram enviados de Guarulhos (SP) para ajudar na crise de saúde que assola o estado do Amazonas.
O sistema de saúde amazonense entrou em colapso após as internações por Covid-19 no estado baterem recorde. Sobrecarregados, os hospitais ficaram sem oxigênios para pacientes. Médicos transportando cilindros nos próprios carros para levar ao hospital e familiares tentando comprar o insumo. Doentes começaram a ser levados para outros estados. Cemitérios estão lotados e instalaram câmaras frigoríficas.
De acordo com informações da FAB, as aeronaves são operadas pelo Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT) – Esquadrão Gordo. Uma decolou na madrugada desta quinta, 1 hora da manhã (horário de Brasília), e pousou na Ala 8, em Manaus (AM), às 6h30. A segunda, decolou às 20h27, com previsão de chegada às 2 horas (horário de Brasília), desta sexta-feira (15), em Manaus (AM). A bordo, mais seis cilindros.
Ainda está previsto o engajamento de outras aeronaves da FAB, que somarão esforços no Transporte Aéreo Logístico para Manaus (AM).
No total, 386 cilindros de oxigênio foram transportados, com mais de 18 toneladas. Eles serão utilizados pelos hospitais no atendimento aos pacientes da Covid-19 no estado.
Na execução dessas atividades, os militares atuam organizados em 10 Comandos Conjuntos que cobrem todo o território nacional, bem como no Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE). Esses Comandos reúnem militares das três Forças (Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira), que desenvolvem esforços no cumprimento das missões